O segredo de uma longa vida


SABE-SE ... que há genes ligados á longevidade, mas os processos moleculares que estão na sua origem são de grande parte um mistério. Pensava-se até agora que, nos mamíferos, isso estava sobretudo relacionado com o chamado stress oxidativo, ou seja, a lenta degradação da capacidade de renovação das células ao longo da vida, em reacção ao oxigénio inalado durante anos. Mas um grupo da Universidade do Texas demonstrou agora que essa não é a história toda.O segredo da longevidade nos mamíferos estará mais na estabilidade das proteínas, segundo a equipa liderada por Rochelle Buffenstein. Os investigadores compararam o que acontece nas células de ratos de laboratório, que vivem em média dois anos, com uma outra espécie, o rato-toupeira-pelado, que é um habitante dos desertos de alguns países africanos, como a Etiópia e o Quénia, e que pode viver, em média, trinta anos. Observando o stress oxidativo em ambas as espécies em idades avançadas, o resultado era muito semelhante.As células mostravam um desgaste idêntico. Já as proteínas a funcionar nessas células mostravam-se muito mais estáveis nos ratos do deserto mais idosos do que nos animais de laboratório em idade comparável. A equipa pretende agora esclarecer melhor este processo. Por isso vai estudar a forma como são produzidas e se comportam as proteínas nesta espécie de roedor com maior longevidade.


Reflexão: Actualmente, muitos são os desenvolvimentos científicos que nos ajudam a perceber cada vez melhor o comportamento do nosso corpo, organismos e, principalmente, as nossas células. Então, com estes estudos, vem-se tentando encontrar novas questões e novas respostas. Tal como esta, Será que as proteínas influenciam a longevidade dos mamíferos?

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