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Parque Nacional da Gorongosa  fica situado no Grande Vale do Rift Africano, no coração da zona centro de Moçambique. O Parque de cerca 3.770 km2 inclui o vale e parte dos planaltos circundantes. Os rios que nascem no vizinho Monte Gorongosa, que atinge os 1.863 metros de altura, irrigam a planície.




Este local possui características únicas, outrora uma das mais densas populações de vida selvagem de toda a África.




Reflexão: Este esplendoroso lugar possui inúmeras espécies e uma enorme bioversidade, porém tem sido fortemente afectado nos últimos 30 anos pela guerra civil em Moçambique.

Sistemas de Classificação #

Em 1969, Whittaker propõe uma classificação dos seres vivos em cinco reinos, apoiando-se no seu nível trófico, tipos de nutrição e organização estrutural.

O sistema de Whittaker possui os mesmos reinos que a divisão dos seres vivos proposta por Copeland e um reino separado, onde se encontram os fungos, incluídos anteriormente por Copeland no reino protista.



Reflexão: A classificação dos seres vivos foi evoluindo ao longo dos tempos. Desde os dois abrangentes reinos, Animalia e Plantae, de Aristóteles e Lineu, passando pelo sistema de três reinos (Plantae, Animalia e Protista) sugerido por Haeckel, sucedendo ainda a proposta de Copeland com a introdução do Reino Monera, até ao sistema de Whittaker, em cinco reinos – Monera , Protista, Fungi, Plantae e Animalia. Este último baseia-se na organização estrutural, no tipo de nutrição e também na interacção nos ecossistemas.

Curiosidade '

A abelha tem cinco olhos.
São três pequenos no topo da cabeça e dois olhos compostos, maiores, na frente.


As abelhas alimentam-se geralmente de néctar e são os mais importantes agentes de polinização. Uma abelha visita dez flores por minuto em busca do pólen e do néctar. Ela faz, em média, quarenta voos diários, tocando em 40 mil flores. Estes animais recolhem o néctar do fundo de cada flor e guardam-no numa bolsa localizada na garganta.


Reflexão: As abelhas possuem cinco olhos, algo muito invulgar e singular. São estes pequenos animais que fazem a polinização, processo indispensável na Natureza, e todo o seu corpo está adaptado para tal função. Da recolha do polén, da sua perda de àgua e  progressivo engrossamento, surge o mel tão apreciado pelo Homem.

Nomenclatura binominal #

Chama-se binominal porque se utilizam duas palavras, ambas em latim, que constituem o nome científico.

A primeira palavra latina indica o nome do género e a segunda é o restritivo ou epíteto específico. Por exemplo, o nome científico de uma aranha é  Haplopelma lividum, de modo que Haplopelma é o nome do género e lividum é o restritivo específico.



Reflexão: Foi necessário classificar as espécies através de um sistema universal e simples que fosse igual em todo o mundo. Assim, a nomenclatura binominal permite uma maior estabilidade e entendimento nesta àrea.

Hierarquia taxonómica #

As espécies agrupam-se em géneros, os géneros em famílias, as famílias em ordens, as ordens em classes, as classes em filos e os filos em reinos, numa hierarquia de níveis cada vez mais abrangentes.



Reflexão: Cada um destes grupos denomina-se taxon e esta idéia provém de Lineu. É uma organização hierarquica para poder ordenar e organizar as inúmeras espécies de seres vivos.



Sistemas de classificação #

O mundo dos seres vivos é constituído por uma enorme variedade de organismos. Desta forma foi necessário agrupá-los e classificá-los de forma a obter um estudo sobre a enorme variedade existente. A Sistemática é a ciência que se ocupa de classificar os diversos seres vivos.



Classificações práticas - Ainda hoje em dia distinguimos os animais domésticos dos animais selvagens, por exemplo. Estes sistemas são designados de sistemas de classificação práticos.


Classificações Horizontais (classificações racionais) - Os sistemas que utilizam características morfológicas ou fisiológicas dos seres, representam sistemas de classificação racionais, propostos pela primeira vez por Aristóteles (Grécia Antiga).

Classificações Verticais (classificações racionais) - Surgiram no período pós-darwiniano as classificações verticais ou filogenéticas, que consideram o factor tempo. Os seres vivos passaram a ser classificados de acordo com a sua história evolutiva.

A Teoria Sintética da Evolução #




A Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a selecção natural e incorporando noções actuais de genética.



Esta teoria baseia-se em certos processos básicos da evolução: mutação, recombinação, genética e também a selecção natural.


1. As variações de uma espécie dependem de mutações. Estas são espontâneas ou provocadas por agentes ambientais. As mutações podem ser vantajosas se se espalharem por selecção natural e contribuem para a adaptação do organismo e transformação da espécie.

2. A reprodução sexuada aumenta a variedade genética das populações, aumentando a velocidade do processo evolutivo e facilitando a adaptação das espécies a ambientes diferentes.

3. A Selecção Natural privilegia os indivíduos mais adaptados e elimina os menos adaptados. Os indivíduos mais adaptados tendem a deixar descendentes com as características mais vantajosas e, com isso, as espécies tornam-se mais adaptadas ao ambiente em que vivem.



Reflexão: O Neodarwinismo surgiu devido à necessidade de responder a algumas questões não esclarecidas por Darwin. Este problema levou à realização de imensos estudos e, novas descobertas no campo da Genética, mais propriamente os genes, permitiram encontrar algumas respostas. Procedeu-se à reformulação do Darwinismo à luz dos conhecimentos genéticos, surgindo o Neodarwinismo.

Curiosidade '

O pica-pau pode dar cem bicadas por minuto numa árvore.


O pica-pau é uma ave de tamanho pequeno a médio com penas coloridas e a maioria dos machos possui uma crista vermelha. Vive em bosques, onde faz os seus ninhos e alimenta-se principalmente de larvas de insectos, que estão dentro dos troncos de árvores.





Fonte: http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=54613.0

Reflexão: Este é um animal muito interessante que vive nas árvores dos bosques, fazendo aí os seus ninhos e ainda alguns buracos nestas para procurar alimento.

Argumentos bioquímicos #

A fim de se estabelecerem relações filogenéticas entre os seres vivos, é necessário proceder à análise de proteínas e à comparações entre os seus DNA.

Análise de proteínas - podem-se estabelecer diferentes quer no número, quer tipo e disposição dos aminoácidos. Assim, quanto mais semelhantes forem as proteínas das duas espécie, mais aparentadas elas são, isto é, menor é a distância filogenéticas entre as espécies.

Comparação entre as moléculas de DNA – recorrendo à técnica de hibridação do DNA, pode-se inferir acerca da proximidade filogenética: assim, quanto maior for o grau de hibridação de DNA em diferentes espécies, maior é o grau de parentesco.



Reflexão: As semelhanças existentes e compatibilidade entre as bases azotadas indiciam uma maior ou menor proximidade entre certos organismos, o que apoia a evolução e reforça a ideia de origem comum.

Argumentos citológicos #

Consiste na constatação de que todos os organismos são constituídos pelas mesmas unidades básicas: as células.




Reflexão: Todos os organismos são constituídos por células e isto indica uma origem comum.

Argumentos da biogeografia #

Defende-se que as espécies tendem a ser mais semelhantes quanto maior é a sua  proximidade geográfica. Quanto mais isoladas, maiores as diferenças entre si.


Reflexão: As espécies tendem a ser semelhantes se estiverem mais próximas, porque ficam sujeitas às mesmas condições ambientais e isso leva-as a adaptarem-se ao meio e a adquirirem características parecidas. Já os organismos mais isolados irão apresentar o caso oposto e serão mais diferentes entre si.

Argumentos embriológicos #

Nas fases precoces do desenvolvimento embrionário, existem semelhanças entre os embriões dos diferentes grupos e também estruturas comuns, podendo isto ser explicado pelo facto de todos possuírem um ancestral comum.




Reflexão: O facto existirem semelhanças nos embriões de peixes, répteis, aves e mamíferos, como o caso do próprio Homem, indicam ancestralidade comum.

Argumentos paleontológicos #

O estudo do registo fóssil de espécies extintas (que não têm representes actuais, contrariando assim a imutabilidade das espécies, na medida em que levam a admitir que a Terra foi habitada, ao longo do tempo, por formas diferentes de seres vivos) permite a elaboração de fortes argumentos a favor do Evolucionismo.



Reflexão: Os fosséis podem apresentar vestígios de organismos que existiram no passado e estabelem relações de parentesco com outros actuais, sendo um importante testemunho da evolução.

Argumentos de anatomia comparada #

Homologia: mesma origem embriológica de estruturas de diferentes organismos, sendo que essas estruturas podem ter ou não a mesma função. O conjunto ordenados de órgãos homólogos em diferentes organismos constitui uma Série Filogenética.




Analogia: semelhança entre estruturas de diferentes organismos, devida unicamente à adaptação a uma mesma função. São consideradas resultado da evolução convergente.






Orgãos vestigiais: órgãos que foram de grande utilidade num antepassado mas que, no presente, têm uma função reduzida. O ambiente actuou no sentido regressivo, tornando-os rudimentares, vestigiais, isto é, não funcionais.





Reflexão: Tanto as estruturas homólogas, como as análogas e as vestigiais fazem parte do argumento de anatomia comparada que apoia a evolução das espécies. Através da comparação de formas e estruturas em diferentes organismos estabeleceu-se relações de parentesco entre eles, indiciando uma ancestralidade comum.

Comparação entre Lamarckismo e Darwinismo



LAMARCKISMO / DARWINISMO


Semelhanças

- Teorias explicativas da biodiversidade
- Atribuem ao ambiente um papel importante na evolução


Diferenças

- Lamarck apoia a ideia de que o meio é o principal factor favorável pelas alterações em determinado órgão dos seres vivos.
- Darwin defende que o ambiente vai desempenhar um papel de seleccionador (selecção natural) na medida em que escolhe as variações dos seres vivos (variabilidade diferencial) que permite uma melhor sobrevivência (sobrevivência diferencial).




Reflexão:  Lamarck e Darwin são ambos a favor do evolucionismo mas os princípios que apresentam mostram diferenças acentuadas. Os dois evolucionistas defendem a existência de antepassados comuns a todos os seres vivos e a modificação lenta e gradual das espécies ao longo do tempo. Porém, as suas opiniões diferem relativamente ao papel do meio, à maneira como surgem as mudanças nas espécies e ainda na forma como as novas características são transmitidas.